segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Introdução por Pedro Rodrigues

Diário de Bordo Nave Bum-Chacalaka, 12o. ano de serviço pouquinterrupto.

Do ano passado, trouxemos definido que trabalharíamos na encenação de uma adaptação própria ao conto O Artista da Fome. Comecei o ano com a idéia de aplicar no processo de ensaios o programa do curso que desenvolvi estes últimos anos e fechei ano passado. O curso prevê a assimilação de conceitos e criação de cenas em 36 aulas, então marquei 36 ensaios, para, ao final, apresentarmos cenas e improvisações, antes da estréia do espetáculo, ao ano que vem.

Logo no início me deparei com duas adversidades. Por um lado, o curso prevê trabalho com cenas de dramaturgia, não a criação a partir de improvisações. É bem diferente você desenvolver um personagem a partir de improvisações e jogos e montar uma cena pronta do que criar todos os personagens e situações em improvisações e depois criar uma dramaturgia.

Mesmo que seja para fragmentos de cenas.

Também, o grupo já havia passado comigo pela maioria dos exercícios, enquanto eu desenvolvia o programa e montávamos o Mundo Esquezitos. Por esses dois motivos, ainda nos primeiros ensaios mudamos um tanto a seqüência de jogos, por um lado enfatizando a criação de cenas e tipos a partir do estudo do texto, e, por outro, trabalhando desenvolvimentos específicos dos exercícios, já tendo o básico sido trabalhado. Estes dois pontos se uniram, com resultados bem interessantes, caminhando na pesquisa de dinâmicas a serem aplicadas para a criação cênica.

Então aos primeiros 5 dias de ensaios. E ao sexto pelos atores, que eu folguei.