quarta-feira, abril 12, 2006

Dia 11 - 07.04.06 por Bruno

A improvisação de cena vale o meu destaque, já que todos os aquecimentos e exercícios iniciais foram suficientemente relatados pelos demais. Estávamos interagindo, os três, com o bastão no exercício de ‘cabo-de-guerra’ com fluidez. A proposta que surgiu requeria a continuação do exercício, mas não como atores; como qualquer um dos personagens trabalhados em ensaios anteriores. O personagem escolhido pela Luiza era bem forte e facilmente identificado. Confesso que não consegui identificar a escolha do Haruki. Eu me foquei no professor sério e metido que explorei durante os trabalhos no ensaio 9. Tentei manter a estrutura corporal, a ‘pose’ de autoridade do personagem e tive bastante dificuldade. A disputa pelo bastão não é o que eu consideraria como ‘o’ momento inicial propício para a construção desse personagem, propriamente-dito. Talvez, o personagem devesse nascer em seu espaço natural. Seu habitat. Mas foi valido. Inserimos diálogos, que me vieram naturalmente. Eu, aparentemente, sabia o que queria; ou ao menos, sabia como me portar. Escolhi uma voz esnobe e um tom calmo, mesmo em uma cena em que o personagem encontrava-se desesperado na tentativa de salvar seu patrimônio (bengala=bastão) e se livrar do assédio dos demais. A Luiza raramente fez-se ouvir. Seu personagem era muito introspectivo, de características demasiadamente primitivas. Um ser não-social. Lembro de dialogar com o Haruki, mas que se demonstrava inútil. Lembro também de ter tido a impressão de ouvir o Haruki citando frases do texto; ou que remetiam ao texto. Achei isso bacana, mas não consegui trazer nada que pudesse encaixar naquele momento, pro meu personagem.